Espelho opaco

Espelho opaco

(Moraes Moreira/ Galvão)

O cientista louco vem de longe
Mas está longe da luminosidade
Mas mesmo assim é assunto
em pauta
Porque
a maioria que sempre beira a mediocridade
Efusivamente aplaude
Mas o cientista louco não passa
De um mestre da curiosidade
Mestre de obra sem prumo
Que se ilude, mas não se engana
Sei pra lá, navio sem rumo
Que sem porta sem aporta
No óbvio da curiosidade humana
A clientela diz: "Que beleza!"
Quantas vidas vai salvar
Mas sem olhar os colaterais e outros mais
Sua descoberta com certeza
Tem alguma serventia
Porque nada se perde na natureza
E burrice é como sabedoria
Não tem idade e clone é primo de cover
É dose, é overdose de futilidade

 

 

 

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